Muito antigas na Terra, as plantas com flores surgiram há mais de 120 milhões de anos e desde então se tornaram fonte de recursos inesgotáveis para a alimentação de algumas espécies, geralmente insetos e outros polonizadores. Buscando alimento de flor em flor, estes visitantes assíduos das plantas acabavam por desenvolver o importante papel de polonização.
O néctar das flores é uma fonte de alimento importante para inúmeras e diferentes espécies, sendo uma fonte açucarada de alimento, e os grãos de pólen, fonte de proteínas.
Uma revisão recente sobre a importância da polinização por animais, mostrou que este processo é utilizado por 87,5% de todas as espécies de plantas com flores conhecidas até o momento, ou seja, insetos e flores coevoluíram, com benefícios para os dois lados.
O maior exemplo dos benefícios desta troca entre polonizadores e plantas com flores são as abelhas, assíduas visitantes florais, que necessitam obrigatoriamente dessa troca, pois todo seu alimento provém das flores, as quais também se beneficiam desta interação, produzindo cada vez mais frutos com maior e melhor diversidade genética.
No Brasil o melhor exemplo deste processo esta nas regiões da Caatinga brasileira, onde vivem cerca de mais de 187 espécies diferentes de abelhas, onde a maioria delas são consideradas como espécies raras. Entretanto, as mais abundantes são as abelhas sociais nativas sem ferrão, como a Jandaíra, a jati, a amarela, a moça-branca, a irapuá, a cupira, a mandaçaia, a remela, a canudo, a limão, a Munduri e a introduzida Apis mellifera, também conhecida como abelha de mel, abelha Europa ou abelha africanizada. Outras espécies de abelhas de hábitos solitários também são abundantes e de grande importância ecológica.
Esquema da polinização:
Os grãos de pólen (que contêm os gametas masculinos) de uma flor são transportados para o estigma (parte feminina) de outra flor.
0 comentários